Túlio não sorria como
um camaleão fazia da rudeza da cidade um
ambiente perfeito para
a sua invisibilidade. Cinza quando perto do
concreto, preto quando
de noite, pálido nos dias claros...essa
capacidade de existir
sem ser notado lhe trouxe o emprego de
laçador de cães.
Túlio aprendeu que os cachorros de uma cidade se
reproduzem nos becos,
nas casas abandonadas, nas praças vazias,
nos bairros pobre, nas
manilhas, em meio a pedradas de garotos
sádicos, sua função
era dar um basta na quilo, mesmo sabendo que seu laço alcançava
apenas algumas dezenas por mês por outro lado, cada dupla engatada
em prazer público poderia derrubar a estatística do ano.
Evewton Moura –
Turma: 31
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